A Leptospirose é uma doença zoonótica grave que afeta diversos mamíferos, como os humanos, cães e gatos. A bactéria do gênero Leptospira tem capacidade para sobreviver durante meses na água e em solos úmidos, por isso, a contaminação pode ocorrer mesmo sem entrar em contato com o principal agende transmissor: o rato de bueiro.
Ao entrar em contato com o organismo do pet, a bactéria rapidamente se estabelece e compromete a saúde do animal, afetando rins e o fígado, que em muitos casos pode ser fatal.
A Leptospirose em gatos é transmitida por meio do rato de bueiro, o principal hospedeiro da bactéria, podendo também ser contraída pela ingestão da água ou alimentos contaminados. A infecção ocorre quando a bactéria entra em contato com as mucosas: boca, nariz, ouvidos e olhos. No caso dos gatos, também pode ocorrer a transmissão direta, quando o felino caça um rato doente.
Por ser uma zoonose, humanos não estão imunes! Nos tutores, o contágio normalmente acontece durante o manuseio do pet, limpeza de ambientes como caixa de areia, quintal ou tapete higiênico, comedouros e contato com ração contaminada. Se o pet lamber o tutor em regiões de mucosa, também pode transmitir a bactéria. Mas isso só acontece se o animal estiver infectado. Gatos saudáveis não transmitem doenças para humanos.
Normalmente, os gatos são assintomáticos, apresentando casos de infecção subclínica. Mesmo assintomático isso não quer dizer que o pet não pode transmitir a doença para outros animais e humanos. Em estágios mais avançados, os felinos podem apresentar problemas hepáticos e cor amarelada nos olhos, principal característica da doença.
Sintomas também bastante comuns da Leptospirose em gatos são vômitos, desidratação, falta de apetite e febre. Por ser uma doença que age rapidamente no organismo, a Leptospirose pode levar o pet a óbito apenas alguns dias depois do contágio. Então, identificar os sintomas e iniciar o tratamento o quanto antes é fundamental para a recuperação do animal.
Nos gatos diagnosticados com a Leptospirose, o tratamento é feito à base de antibióticos e outros medicamentos que amenizam os sintomas. Em quadros mais graves, pode ser necessário internar o animal e administrar suplementos específicos.
Quando a doença começa a ser tratada no início, o pet tem grandes chances de cura.
Os tutores que moram em casa devem ter cuidado redobrado com a ração e os comedouros dos pets, principalmente se ficarem na área externa. O rato é um animal territorialista, e por isso, pode acabar urinando nos pertences do gato, facilitando a transmissão.
Não espere o pet piorar para consultar um especialista. Se notar qualquer mudança de comportamento no seu felino, procure um de nossos veterinários.